O tacho de doce de laranja da terra no fogão à lenha...
O bobó de camarão e o arroz de polvo feito em minha hospedagem.
O quarto preparado com cama composta de almofadas com mensagens..
O verde exuberante por toda parte,
O azul espantando várias nuvens, transformando num manto celeste espetacular.
Na mata ao redor, os ipês amarelos embelezam todo espaço ao entorno.
Flores do campo perfumando o ambiente, discretamente, sem ofuscar o brilho uma da outra.
O Maracujá subindo pela rama afora...
Mamão verde no pé, cana-de-açúcar pronta para adoçar o café, limão, lima da Pérsia já madura, abacate e até melancia, horta em estado de espera da florescência.
Montanhas servindo de pasto ao gado degustando feliz.
O arame farpado contornando e delimitando o espaço de cada habitante do pedaço.
A lua se exibe vaidosa, chamando atençãode todos os contemplativos dos habitantes e visitantes.
O condomínio vai sendo construído na base da família juntinho.
As porteiras sendo abertas antes de prosseguirmos a viagem de volta.
Há amor e riso em cada coração ali presente por afinidade e laços familiares.
Na estrada, a saudade lateja forte, bem forte...
Os olhos lacrimejam.
Só uma coisa me entristeceu:
um olhar ao léu...
parecendo se despedir dos vários postais naturais do lugar.
Viva muito, tio Zeca!
Por favor...
Não me deixe só!
Quero comemorar seus 100 anos.
"O corpo envelhece sem a sua permissão, mas a alma só envelhece se você permitir."